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Conheça a misteriosa origem do Halloween

 

 Popularizada pela cultura norte-americana, o Halloween ou Dia das Bruxas era celebrada muito antes do nosso atual calendário pelos povos europeus. Existem várias teorias, mas sabe-se que a data tem sua origem na cultura celta e tinha o intuito de marcar o início do inverno e a despedida ao verão europeu.

 

Muito ligados a terra e a produção agrícola, os celtas celebravam a abundância da comida com o término do verão com o Samhain – nome antigo dado para a data. Era a época de fim da colheita e preparação para o inverno rigoroso. Com fogueiras para afastar os fantasmas, os espíritos e a morte, abóboras, batatas e nabos esculpidos, maçãs em bacias d’água para revelar seu futuro marido e máscaras, as comemorações do Samhain começavam em 31 de outubro e duravam três dias.

 

Apesar das semelhanças com as comemorações celtas, o Halloween que conhecemos só tomou a forma de como é hoje entre 1500 e 1800. Isso mesmo! A data de comemoração celta era tão importante para a cultura europeia que o imperador romano Gregório, para “cristianizar” o Samhain, trocou a data do Dia de Todos os Santos – de 13 de maio – para 1º de novembro. Essa mudança fez que com que a celebração cristã dos Santos e de Samhain se tornassem um, e as tradições celtas e cristãs acabaram se unindo. O nome antigo, Samhain, acabou se perdendo e passou a ser chamado de Halloween (“Hallow” é um termo antigo para “santo”, e “eve” é o mesmo que “véspera”.) O termo designava, até o século 16, a noite anterior ao Dia de Todos os Santos, celebrado em 1º de novembro.

 

Muitos anos se passaram, e, na época da Grande Fome (por volta de 1845), os irlandeses migraram para os Estados Unidos da América em busca de novas oportunidades e para fugir da crise, levando suas tradições e celebrações – o que ajudou a espalhar e popularizar a celebração do Halloween.

 

Apropriando-se de uma tradição originalmente europeia, os norte-americanos começaram a celebrar o Halloween com direito a fogueiras, máscaras, abóboras e pedir dinheiro ou comida de porta em porta, uma prática que se tornou o atual “trick or treat” (“doces ou travessura”). Mas, foi na época da Segunda Guerra Mundial, com o racionamento de alimentos, que a data realmente se popularizou, por causa do barateamento dos doces – levando milhares de crianças à rua para espantar as más notícias da guerra e unificar ainda mais seu povo.

 

 Mais de 2 mil anos depois, as pessoas ainda continuam a celebrar a chegada do inverno europeu da mesma forma que os antigos celtas — com uma grande festa repleta de doces e máscaras. Atualmente, o Halloween é o maior feriado não cristão dos Estados Unidos e já superou diversas vezes a venda de doces e chocolates em outras datas, como Dia dos Namorados e Páscoa. E no Brasil, apesar das celebrações tímidas, vem exportando as comemorações, aos poucos, a data tem tomado forma com enfeites nas vitrines das empresas e eventos temáticos.

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